Por: Rafael Oliveira
O arroz, um dos itens mais valiosos da cesta básica brasileira teve alta de 3,98% em agosto e acumula um aumento de 19,25% no ano. A alta do produto vem num momento de dificuldade econômica enfrentado pelo brasileiro em consequência da pandemia. Nos últimos meses, muita gente perdeu o emprego ou teve o salário reduzido. Além disso, as aulas e uma parcela importante dos trabalhadores passou a atuar em home office. Consequentemente, as famílias passaram a ficar mais tempo em casa, consumindo uma quantidade maior dos alimentos da cesta básica, entre eles o arroz.
O feijão, dependendo do tipo de região, a alta acumulada supera os 30%, de acordo com o índice de Preços ao consumidor amplo (IPCA) de agosto. Completam a lista das maiores altas do ano o leite (23%) e os ovos (7,1%). A inflação recente observada nos alimentos é pontual e não deve se expandir para outros setores da economia. Mas o motivo por trás disso não é uma boa notícia.
As classes menos favorecidas tiveram o auxilio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal, e quase um quarto do ganho é destinado à alimentação. Houve uma maior demanda por alimentos, no momento em que a taxa câmbio disparou.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o aumento recente nos preços corrói os ganhos dos mais pobres. Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a inflação dos segmentos de renda mais baixa subiu 3,2%, atingindo uma taxa de duas vezes superior à da inflação das famílias de maior poder aquisitivo (1,5%).
Foto: Reprodução
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