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Thais Justiniano

Em meio à pandemia, casos de feminicídio crescem no 1° semestre no Brasil


(Agência PT/Divulgação)



Por: Thais Justiniano


Em meio a pandemia do novo coronavírus, famílias tiveram que se isolar e passar um tempo maior em convivência. No Brasil, a quarentena contribuiu para que assassinatos contra a mulher e feminicídio - homicídio praticado contra o sexo feminino em decorrência do fato de ela ser mulher - aumentou 2%, no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do G1.

Esse levantamento foi feito pelo monitor da violência, com base nos dados informados pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, considerando os 26 estados e do Distrito Federal. Além dos homicídios dolosos, o número de feminicídios tiveram alta de 631 crimes, comparados ao ano de 2019, que teve 622.


Já os casos de lesão corporal no contexto de violência doméstica caíram 11%, e os estupros, levando em conta também os de vulneráveis que tiveram uma queda de 21% e 20%, respectivamente.


Os dados revelam que:




Diferença de homicídio doloso contra a mulher e feminicídio


O crime de homicídio, pode ser classificado de várias maneiras, e uma delas é o doloso, quando um indivíduo age sob duas premissas: tem conhecimento do que está fazendo e se comporta de maneira totalmente voluntária. Em outras palavras, a pessoa que comete o crime tem a certeza do que está fazendo é ruim, no entanto, pratica o ato da mesma forma. Sabemos que dentro deste crime, a forma como ele é qualificado que muda tudo. O feminicídio trata-se de um crime de ódio, no qual a motivação da morte precisa estar relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino. A diferença entre esses dois tipos de homicídio se baseia na intenção dos fatos. Segundo a lei, a morte de uma mulher, nem sempre será feminicídio, tendo em vista a intenção do crime e de que forma ele foi executado.


Brasil é o 5° país que mais mata mulheres


De acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil é o 5° país no ranking mundial de Feminicídio e só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.


Análise dos registros de violência contra mulher


Para a psicóloga, Mirele Santos, os números de casos de violência contra a mulher, pode chegar a mais e devem ser analisados de formas distintas. Isso porque as formas como esses registros são feitos diferem bastante e podem ser contabilizados de forma incorreta.


" Acredito que o números de casos de feminicídios podem chegar a mais, já que números de assassinatos contra a mulher podem ser divididos em vários outros setores, como latrocínio ou talvez um caso mal registrados. Sabemos que nessa contabilização a forma como é registrada o B.O pode levar um levantamento incerto, mas também temos que admitir que os dados muita das vezes são feito por um duplo registro, nada mais que a parceria com sistemas de segurança pública e os hospitais com os dados de saúde, que ajudam na hora desses levantamentos".


Escute o áudio de Mirele Santos aqui:

Como denunciar violência doméstica na pandemia


O canal de atendimento 24h para denunciar e buscar ajuda a vítimas de violência doméstica é o 180, a Central de Atendimento à Mulher. A ligação é gratuita e pode ser realizada tanto pela vítima de violência doméstica na pandemia, quanto por terceiros que desejam denunciar uma ocorrência.










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