Por: Maria Luiza Gomes
Você acredita que ocorra atualmente, muito, um pouco ou quase nada de desmatamento na região amazônica?
A resposta para uma pergunta como esta pode parecer bem óbvia, quando se sabe que foi feita para moradores da cidade que está localizada no coração da Amazônia, mas não foi bem esse o resultado recebido. O intuito da Agência Digital imarketing quis saber qual era a opinião da população manauara sobre vários temas do dia a dia, indo de gosto culinário até os posicionamentos mais divergentes com o intitulado “A cabeça do manauara”, projeto que foi realizado em 2019 e conseguiu acumular gráficos expressivos que necessitam de atenção, como por exemplo o desmatamento. https://imarketing.digital/
Fonte: CIicloVivo
Tentando controlar o caos.
Com o passar dos anos, a necessidade de monitorar as atividades feitas cada hectare da floresta amazônica se fez presente, pelo aumento gradativo de crimes ambientais que aconteciam fora do controle dos agentes de segurança dessa área. Sendo assim, desde 1988 os dados sobre desmatamento são disponibilizados no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) https://ipam.org.br/cartilhas-ipam/desmatamento-em-foco/ . A partir dessa iniciativa, outras propostas para tentar controlar os ataques ao meio ambiente foram desenvolvidos e um deles foi o radar orbital de alertas do SipamSAR (http://www.sipam.gov.br/projeto-amazonia-sar-1/o-sistema-integrado-de-alertas-de-desmatamento-com-radar-orbital-sipamsar). Para detectar esse tipo de ação, precisa de uma distância e uma condição ideal, não sendo o caso dos meses entre outubro e abril, que as nuvens carregadas para a precipitação passam a limitar os recursos oferecidos para obtenção de imagens que seriam analisadas, mas isso foi sanado pelo radar e sua tecnologia de ponta.
A fauna e a flora.
Desmatar é uma palavra comum em todos os lugares do mundo, pelo fato de sempre haver grandes ambiciosos com intenção de lucrar sobre algum pedaço de terra que esteja sem proteção. O diferencial do Brasil para os outros países é que aqui, se desmata muito para o cultivo pasto para criação de gado, dando lucro para a indústria de carne bovina. Uma vez caída a madeira, toda a fauna que se beneficiava daquela árvore sofre um efeito e a recuperação nunca é certeira. O biólogo, Diego Brandão, comentou sobre isso ao ser entrevistado.
"Sem um solo forte, as sementes que caem com as atividades diárias de cada membro do sistema ecológico não são semeadas da forma correta, gerando menos alimentos aos animais de pequeno porte, afetando os de grande porte, assim como a vegetação em si e o sistema segue impactado enquanto esse ciclo existir."
As consequências listadas pelo site da WWF-Brasil demonstram, também, como a biodiversidade tem carregado o peso de sofrer as consequências da pecuária ilegal e o que os olhos gananciosos para o poder e dinheiro podem causar para o meio ambiente . https://cutt.ly/DhpBfEw
Fonte: Observatório BR-319
O que se pode tirar como resultado social desta pesquisa?
Ter a noção de que 12,9% da população manauara ainda não possui certeza de que o desmatamento é um problema que precisa de pressa para ser combatido, mostra que ainda há muito o que se ensinar e noticiar para uma parcela considerável dessa cidade. A mídia carrega uma responsabilidade massiva quando se trata de mobilizar um grupo para que haja uma mudança, principalmente nesta capital que tanto valoriza os jornalistas que se destacam nas emissoras principais. Mesmo que até a TV encontre barreiras para alcançar todos que precisam de consciência sobre este problema, os portais ainda podem fazer mais para que chegue, com a tecnologia e a praticidade de um celular, todos os dados que deixam, cada dia mais, o Brasil assustado com o futuro da Amazônia.
Fonte: Revista Veja.
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