Por: Maria Luiza Santos
A bi campeã da seleção de vôlei, Fabiana Claudino, foi às redes sociais defender os direitos dos atletas de manifestar suas opiniões políticas após uso de palavra racista pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e posicionamento autoritário por parte dos mesmos com um comentário de sua companheira de esporte, Carol Solberg. A jogadora publicou nesta segunda, 21, em seu perfil no Instagram, um texto em que citava todo seu descontentamento com as atitudes que repercutiram de forma crítica por todo o cenário esportivo brasileiro.
Os dois focos da postagem da atleta estavam na nota de repúdio que Carol recebeu apenas por gritar “Fora Bolsonaro!” em sua entrevista ao vivo, após ganhar a medalha de bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei. Com a justificativa de que repudia qualquer manifestação de cunho político e que essa fala estaria “manchando” o retorno das competições dos esportes olímpicos, Fabiana citou com suas palavras “Vivemos em um país (ainda) democrático, onde atletas ou qualquer ser humano pode expressar suas convicções”, servindo a favor da liberdade que a colega deveria ter perante um acontecimento desses.
O segundo ponto tratado em suas linhas foi a palavra de origem racista “denegrir” que se fez presente no texto lançado oficialmente pela Confederação, uma das que mais foi condenada e educada para que não fosse nunca mais usada por ninguém durante todo o movimento Black Lives Matter aqui no Brasil.
O apoio nos comentários e compartilhamentos por parte de nomes conhecidos como o ginasta medalhista Angelo Assumpção e a artista Teresa Cristina, entre outros atletas que se sentiram representados pela revolta da central da seleção, foi imediato e elogiado pelo país afora, já que não é de hoje que se tem notícias de casos tanto de repressão de comentários políticos por parte da Confederação em atitudes tomadas por parte dos atletas, quanto de termos racista usados mesmo com as diversas vezes que se foram tratadas essa pauta só neste ano.
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