Por: Feifiane Ramos
De acordo com o Ranking do Saneamento 2020 do Instituto Trata Brasil, com base no SNIS – 2018 (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), somente 12% dos habitantes da capital amazonense possuem coleta de esgoto.
Ainda segundo o ranking, a região norte possui nove cidades no ranking das dez piores do Brasil. No ranking geral, Manaus ficou em 96º lugar.
O número de internações por doenças vinculadas ao tratamento hídrico no Amazonas foi de 3.782 e o número de óbitos de 30. A renda média mensal das pessoas que não possuíam saneamento básico naquele ano foi de R$ 482 e das que possuíam R$ 2,2 mil. Segundo o instituto, 90% da população do estado não tem coleta de esgoto.
O Instituto Trata também publicou recomendações de prevenção do contágio à COVID-19 pela água e por tratamento de esgoto. Estudos sobre vírus semelhantes ao do Coronavírus já mostraram a permanência em águas naturais e no esgoto por mais de dez dias, além da contaminação por meio de esgotos infectados.
O Instituto também divulgou os dados sobre a perda de água potável em Manaus, que foi de 74,9% e a perda de faturamento de 72%. O investimento por habitante naquele ano foi de R$ 34, a média de investimentos nas capitais, no período, foi de R$ 67,91.
Cuidados com água
Os pesquisadores recomendam que toda a água de distribuição passe por desinfecção, processo em que é adicionado teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L. Nos locais onde não há tratamento de água e distribuição segura, é possível evitar o avanço do vírus usando hipoclorito de sódio (2,5%) e deixando a água em repouso por 30 minutos.
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