Em tempos de pandemia, acreditar em tudo que se lê na internet não é o apropriado, mas sim, buscar fontes confiáveis.
Por: Mayana Ramos Viana
Publicado em 22 de março de 2020, 14h58
(Imagem: reprodução/Google)
As famosas fake news vem atormentando todo e qualquer assunto que esta nas mídias, a pandemia da corona vírus não ficou fora da desinformação, criadas por usuários sem interesse na notícia verdadeira. A propagação de notícias falsas na saúde ganhou ainda mais amplitude com a pandemia da Covid-19, seja ela por indicações de procedimentos milagrosos para eliminar a doença, pela promoção de medicamentos sem eficácia comprovada, ou por recomendações de comportamentos que são mais prejudiciais do que benéficos.
A comunidade de mobilização on-line Avaaz selecionou nove afirmações sobre a nova corona vírus e as apresentou aos entrevistados, sendo que duas estavam corretas e sete continham conteúdos falsos. A pesquisa revela que 94% dos brasileiros entrevistados tiveram acesso a pelo menos uma notícia falsa sobre a nova corona vírus.
O levantamento mostra outro dado preocupante: sete em cada 10 brasileiros acreditaram em pelo menos um conteúdo falso sobre a pandemia.
O WhatsApp aparece como a principal rede social na distribuição de fake news. Especificamente nessa rede, 59% das pessoas viram, no mínimo, uma declaração enganosa sobre a doença.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), autoridade no Brasil e no mundo quando se trata de saúde pública, tem acompanhado a situação de perto. Um estudo, feito com conteúdos captados entre 17 de março e 10 de abril, revelou que 65% das fake news envolviam curas caseiras milagrosas (e não comprovadas pela ciência) para a COVID-19. 5,7% estão relacionadas a golpes bancários, 5% tratam de projetos falsos para arrecadar recursos destinados a instituições de pesquisa e 4,3% qualificam a doença como uma manobra política.
(Imagem: reprodução/Google)
A estudante de Educação Física, Hannah Graziella (19 anos), conta que acreditou na notícia de que não era necessário o uso de mascara, segundo ela, ‘’As pessoas falavam que a mascara era uma invenção para as empresas venderem’’, a universitária ainda conta que ‘’Minha avó não queria tomar a vacina porque acreditava que podia mudar seu DNA’’. A estudante foi apenas uma dos milhares de brasileiros que sofreram com as notícias falsas, e não buscaram as informações verdadeiras.
Para combater a disseminação de notícias falsas, o Ministério da Saúde possui um canal de denúncias no qual é possível inserir o título, link e data de publicação das notícias para checagem e esclarecimento por parte do Ministério.
Buscar fontes confiáveis é o primeiro passo para ter a clareza de uma notícia. Busquem se informar dos fatos, para não criar transtornos ou alarmes desnecessários na sociedade.
ENTREVISTADA:
HANNA GRAZIELA (ESTUDANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA)
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