A rotina agitada de muitas pessoas é um dos fatores para o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos, macarrão instantâneo, hambúrgueres, e outras coisas,
Por conta de tantos afazeres, como: estudo, trabalho, trânsito e lazer, muitos não conseguem cozinhar como deveriam ou gostariam, logo, acabam caindo na tentação das comidas fáceis e de baixo custo. No entanto, isso pode se tornar um grande perigo para a saúde. Uma dieta com alta presença desses alimentos tem chances de resultar em diversas doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NutriNet) da Universidade de São Paulo (USP), com participação de 10 mil pessoas, houve um aumento no consumo desses alimentos durante a época de distanciamento social, por conta do novo Coronavírus, principalmente por parte da população de menor poder aquisitivo. De acordo com a NutriNet, ocorreu também um intensivo trabalho de marketing com intuito de atrair cada vez mais clientes.
O assessor regional em nutrição da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Fabio da Silva Gomes, afirma que os governos deveriam criar medidas para frear as vendas desses produtos. “Os ultraprocessados não podem formar a base de nossa alimentação, não podem ser um produto essencial em nossas dietas”, disse.
Os principais perigos
Em nosso mini-podcast, Rita Machado, mestre em Ciências de Alimentos e doutora de biodiversidade e biotecnologia na Amazônia, comenta os maiores perigos dos ultraprocessados, e dá algumas dicas de como fugir deles. Ouça o áudio:
A estudante de turismo, Luana Soares, 22, confessa que consome produtos como salgadinhos, hambúrgueres industrializados e refrigerantes mais do que gostaria.
"Eu costumo comer esses tipos de alimentos pelos menos três ou quatro vezes na semana, principalmente pela praticidade, pois nem sempre tenho tempo para cozinhar algo mais elaborado", diz ela. Ela também relata sentir uma publicidade apelativa em relação à esses alimentos. "Com a nova onda do veganismo e outras coisas, sinto que muitas empresas vendem uma imagem 'saudável', e acabam atraindo até mesmo quem antes nem é vegano só pela curiosidade".
Entendendo os diferentes processos dos alimentos
Muitas pessoas não tem o hábito de buscar informações sobre o que estão ingerindo, mas hoje, em época de alimentação apressada e uma grande variedade no mercado, entender as diferenças entre alimentos in natura, processados, e ultraprocessados é importante.
A melhor forma para melhorar a alimentação é conhecer e compreender o que você está colocando em seu prato, quais são os nutrientes presentes nele, o que eles podem acrescentar em sua saúde. Portanto, pesquisar e se informar sobre o assunto é essencial, e, claro, o acompanhamento profissional feito por um nutricionista, é indispensável.
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